SAPUCAIA DO SUL/RS

SAPUCAIA DO SUL/RS

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Viajante marroquino é tema de vídeo sobre história da África




Um videodocumentário de 26 minutos, um livro com 71 páginas para os professores, um caderno de 35 páginas para os alunos e uma página eletrônica reúnem novos materiais sobre história da África e cultura afro-brasileira para uso de educadores e alunos do ensino básico público.

Os materiais foram elaborados pelo historiador e pesquisador José Rivair Macedo, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com recursos do Ministério da Educação. Devem ter dois tipos de distribuição, segundo a coordenação de diversidade da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad). Na primeira etapa, o vídeo, o livro e o caderno serão oferecidos por meio eletrônico no Portal do MEC e na TV Escola. O prazo previsto é junho deste ano. A impressão dos materiais de estudo e a reprodução do vídeo devem ficar prontas até dezembro.

O vídeo é o produto principal, explica o coordenador do projeto, José Rivair Macedo. O livro, o caderno e a página eletrônica, além de darem suporte ao vídeo, servirão de subsídio para pesquisa. As obras farão parte do acervo didático-pedagógico sobre a temática étnico-racial, história da África e cultura afro-brasileira que o MEC está construindo para a educação básica pública, conforme prevê a Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003. A proposta, diz o professor Rivair, é que estudantes professores tenham “um novo olhar sobre a África”.

O fio condutor dos três materiais é o personagem Ibn Battuta, um viajante marroquino que foi de seu país ao Sudão ocidental entre os anos de 1352 e 1353. Viajando pela África com Ibn Battuta, que é o título do vídeo, relata e ilustra a jornada do viajante, um cidadão culto, rico e protegido do sultão Ibu Inam, que governava o Marrocos naqueles anos do século 14. Ibn, conforme o vídeo, é hoje lembrado pelo mundo muçulmano como o “príncipe dos viajantes”. Ele viveu 64 anos e teria viajado durante 30 anos para conhecer países e culturas.

Pelo deserto – O vídeo conta que, em 1352 da era cristã, Battuta decidiu conhecer o império do Mali, seguindo com uma caravana de comerciantes pelo deserto do Saara, que iam em busca de ouro, sal e escravos. De acordo com o documentário, a caravana percorreu quase 1 mil quilômetros durante dois meses, suportando tempestades de areia, o calor do dia e o frio da noite no Saara.

Ao final da travessia do deserto, o viajante descreve o que encontrou: bois selvagens e manadas de animais desconhecidos, o rio Níger, a vegetação das savanas. Ao chegar a Mali, Ibn Battuta fica oito meses conhecendo o país, seu povo e costumes.

Battuta escreve assim: “...Marrakech é uma das cidades mais famosas, muito larga e longa, bem abastecida com todos os gêneros de mercadorias. Há grandes mesquitas, como a de Kutublyyn (dos livreiros), que tem um enorme e colossal minarete em que subi e pude ver toda a vista da povoação, que vai sendo dominada por ruínas”.

Quando conta sobre as minas de sal de Togaza, diz: “Depois de 25 dias, chegamos a Togaza, uma povoação sem cultivos, mas que tem uma singularidade: suas casas e a mesquita são edificadas com blocos de sal gema e os tetos são feitos com couro de camelo”.

Estudantes e professores poderão ler e discutir a parte final do relato – A viagem ao Mali na Trilha de Ibn Battuta, que serviu de base para o vídeo, traduzido para a língua portuguesa. São 19 páginas. O manuscrito original está na Biblioteca Nacional de Paris.

Ionice Lorenzoni
FONTE:http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=15010:viajante-marroquino-e-tema-de-video-sobre-historia-da-africa&catid=211&Itemid=86 ACESSADO EM 23/02/2010

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Programa de Educação Anti Racista na UFRGS


Programa Educação Anti-Racista no Cotidiano Escolar e Acadêmico

O Programa Educação Anti-Racista no Cotidiano Escolar e Acadêmico, construído em parceria com as Secretarias Municipais de Educação da Região Metropolitana de Porto Alegre e Movimento Negro, atua desde 2004 na UFRGS. Coordenado pelo Departamento de Educação e Desenvolvimento Social da Pró-Reitoria de Extensão, desenvolve atividades de reflexão-ação na construção de práticas anti-racistas e antidiscriminatórias no cotidiano de instituições de educação básica e no espaço da Universidade, conforme estabelece a Lei Federal 10.639/03.

ler mais »


http://www.prorext.ufrgs.br/deds/programas.php?idprograma=02bad878d6f4ae269a734c21ffd78640

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

VISITEM!!!

PESSOAL VISITEM O BLOG DE NOSSA AMIGA ELIZABETH. UM PRATO CHEIO PARA QUEM APRECIA ARTE E CULTURA.

O ENDEREÇO:
http://www.artecult.com/mendesferreira/

sábado, 13 de fevereiro de 2010

♫BAHIANAS: UM SÍMBOLO DO BRASIL NO CARNAVAL E NA CULTURA

*Desenho de uma Bahiana carnavalesca por Cecília Meireles*





O vestuário chamado baiana é uma indumentária tradicional e é a mesma usada nos terreiros de candomblé. Existem roupas para todas ocasiões. A roupa de ração é a mais simples e as roupas feitas com bordado Richelieu podem custar por volta de quinze mil reais. A roupa de baiana pode tomar um colorido especial quando se trata das baianas de eventos turísticos. A roupa da baiana da Escola de samba é um caso a parte mudam de cor e modelo de acordo com o enredo da escola a cada ano, assim como as do Maracatu no Nordeste.


Roupa de ração é a roupa usada diariamente em uma casa de Candomblé. São roupas simples feitas de morim ou cretone. As roupas de ração podem ser coloridas ou brancas, dependendo da ocasião na roça de candomblé. Compõem o jogo: saia (axó) de pouca roda para facilitar a movimentação, singuê (espécie de faixa amarrada nos seios que substitui o sutian), camisu ou camisa de mulata, geralmente branco e enfeitado com rendas e bordados, calçolão (espécie de bermuda amarrada por cordão na cintura, um pouco larga para facilitar a movimentação e proteger o corpo em casos que se é necessário sentar no chão), pano da costa e o ojá, um pano que se amarra à cabeça.

*Bahiana do candomblé, religião afro-brasileira*



O axó tem uma representação muito grande no Jeje. A roupa fala de um simbolismo muito especial, que além de ético e moral, os axós dão para as mulheres posição e postura. É bonito se notar a forma e a reverência que estas roupas expressam em sua aparência e jeito: respeito acima de tudo! As mulheres de jeje, especialmente o mahin, quanto a composição de singuê, de xokotô (espécie de calça, também chamado "cauçulu"), saia, e camisu, compoem seu axó.
*
O vestuário de uma Iyalorixá é diferente das roupas usadas pelas equédis(filhas de santo que não incorporam no santo e tem função de organizar as cerimônias sendo responsáveis pelos orixás durante o transe dos irmãos de santo) e iaôs(noviças da religião), é caracterizada pelo uso da "Bata" que é usada por fora da saia com o camisu por baixo, nas casas tradicionais somente a Iyalorixá pode usar, se ela permitir suas filhas egbomis podem usar também, mas nunca permitirá o uso da Bata por uma equédi, iaô ou abian.


A Bata é símbolo de cargo ou posto dentro da hierarquia do candomblé. O pano da costa dobrado sobre o ombro também tem sua representação, é um símbolo de cargo pois as iaôs o usam amarrado no peito, as egbomis na cintura e Iyalorixás no ombro. Normalmente, saias e Batas de bordado richelieu também só são usadas pelas Iyalorixás, assim como o pano da costa de Alaká africano.


Os turbantes também chamados de torço ou ojá, usados na cabeça normalmente são maiores e mais ornamentados, assim como determinados fio-de-contas não podem ser usados por pessoas que não tem cargo, o (fio de ouro) por exemplo só pode ser usado por Iyalorixás com mais de 50 anos de Santo, símbolo de senioridade (como o usado por mãe Menininha).

*
Além do simbolismo do vestuário, existem muitos objetos que podem ser caracterizados e usados somente por Iyalorixás e Babalorixás, o anél de ouro com um búzio incrustado é um deles. O brinco de ouro com búzio antes também exclusivo das iyalorixás tornou-se de uso comum, sendo usado até por pessoas que não fazem parte da religião.


*Bahiana quituteira da Bahia*





Na nação Jeje o uso do Hungebê (colar de missangas) só é permitido a quem já fez a obrigação de sete anos, ou melhor, é quando a pessoa recebe o hungebê que passa a ser um vodunsi. Outra característica do vestuário é o uso do Ojá na cabeça, no Candomblé Jeje quem é de santo aboró usa o ojá com uma aba, e quem é de santa Iyabá ou Aiabá usa duas abas, nas outras nações algumas pessoas adotam esse uso.
*
A baiana do acarajé (ou simplesmente baiana) é como são chamadas as mulheres que se dedicam à profissão de vendedora de acarajé e outras iguarias da culinária baiana. Na maioria da vezes são filhas ou mães de santo do candomblé que adotaram essa profissão autônoma principalmente por não ter um vínculo com patrão ou empresa. Isso se dá em virtude das obrigações do candomblé muitas vezes requererem sua presença por períodos variáveis de dias podendo chegar a um mês, e se tivesse um patrão seria quase inviável. Mulheres batalhadoras que com muita luta conseguiram a regularização da profissão junto aos poderes públicos. Uma das principais figuras típicas do Brasil, chega a ser uma caracterização obrigatória nas Escolas de Samba do país.
*
Sua roupa também é de baiana, pode ser uma roupa simples com saia sem roda, bata, ojá na cabeça e os tradicionais fio-de-contas, ou mais sofisticada com todos os adereços como usam as baianas de eventos turísticos.

A indumentária típica das baianas constitui-se no marco característico da mulher afro-descendente da Bahia, que mantém vivas suas raízes históricas; como tal ela é representada em diversos eventos turísticos típicos, folclóricos, muitas vezes contratadas por empresas, em toda a Bahia e até fora dela. São de cores alegres, usam Batas de renda ou richelieu, e o turbantes ou torços são bem grandes e trabalhados, são independentes da hierarquia do candomblé, não precisa ser uma iyalorixá para usar Bata, todas usam. Um bom exemplo encontra-se na festa da Lavagem das escadarias da Igreja do Senhor do Bonfim, ou nas Escolas de Samba, que obrigatoriamente têm uma Ala das baianas.
*
*Roupa característica do Maracatu em Pernambuco*

*
A semelhança na roupa característica do Maracatu de Pernambuco com as roupas das baianas é em virtude do Maracatu ser uma parte do candomblé pernambucano que é chamado de "Xangô do Recife" ou também chamado de Xangô do Nordeste por existir em outros estados do Nordeste brasileiro. As roupas podem ser simples como as usadas também nos blocos de rua e pequenos maracatus ou sofisticadas como nos grandes maracatus que muitas vezes são confeccionadas pela própria pessoa que vai usá-la, mantendo o sigilo e a surpresa para apresentar só no dia do cortejo. O vestuário pode ser bordado à mão, trabalho que pode demorar meses para ficar pronto. Ou feitas de rendas, veludo ou brocado, e normalmente a roupa da boneca Calunga figura principal do maracatu, é igual a de sua portadora.
A armação usada por baixo nos cortejos de rua como o Maracatu e escolas de samba, geralmente são feitas de arame ou de plástico, material mais leve do que as anáguas de tecido engomado normalmente usadas nas festas de candomblé.
*


*Bahianas das Escolas de Samba do Rio de Janeiro*


A roupa clássica da ala das baianas de uma escola de samba compõe-se de torso, bata, pano da costa e saia rodada. Entretanto, a inventividade dos carnavalescos não tem limites e freqüentemente podemos ver baianas com as mais inusitadas fantasias, tais como noivas, estátuas da liberdade, seres espaciais, globo terrestre (foto) ou poços de petróleo. A confecção dessas roupas tornou-se uma indústria do carnaval que é uma das maiores fontes de emprego tanto para os componentes das escolas como para os profissionais contratados pelas escolas que tem emprego garantido durante o ano todo.

*
O mito das bahianas se vivifica nos corpos através dos vestuários e fantasias. A magia do sagrado se extende ao rito do profano. A irreverência e a alma brasileira tem raiz, história e ancestralidade Afro. UM ÓTIMO CARNAVAL PRA TODOS!


http://wikipedia.org
http://afrocorporeidade.blogspot.com/2010/02/blog-post.html Acessado em 13/02/2010

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Algumas curiosidades sobre o Haiti

Oi Pessoal, encontrei esta publicação no site http://flaviosaudade.wordpress.com/2009/04/09/algumas-curiosidades/

e resolvi compartilhar com vcs. Façam uma visita ao site do nosso colega Flávio, vale muito a pena. Abraços



O haiti é um país curioso. E quanto mais o tempo passa, mas curiosidades encontramos. A maior parte delas surgem quando menos esperamos, principalmente quando caminhamos a pé pelas ruas e em conversas com as pessoas.

Cada par no seu lugar

Por conta da ajuda humanitária, encontramos no Haiti, em Porto Príncipe, principalmente, muitas pessoas vendendo roupas nas ruas. A maior parte delas, aparentemente, originárias das doações. É possível encontrar tênis das mais variadas marcas. E muitos deles originais, novos ou em bom estado e por um preço bastante acessível. E em alguns cada o par é separado, estando cada pé em um local de venda. Desta forma eles ampliam as chances de venda e evitam o furto.

A “Feira do BRABATT”

Um outro ponto de venda é a feira que é realizada em frente ao Batalhão do Exército Brasileiro (BRABATT), popularmente conhecida como Feira do BRABATT. Lá é possível encontrar uma grande variedade de coisas: perfumes, tênis e sapatos, camisas de times, máquinas fotográficas, artesanatos, brinquedos… A feira acontece todo sábado e é frequentada por militares e civis.

Combustíveis

Na falta de emprego e oportunidades os haitianos criam divesas formas para a sua subsistência. Uma delas é a venda de combustíveis, que também é feita em barracas nas ruas. E esta, aparentemente, não é uma atividade ilegal. Resta atestar a qualidade do combustível…

A cana-de-açucar

Dentre uma das frutas mais consumidas está a cana-de-açucar, produto muito fácil de encontrar pelas ruas. A cana é vendida normalmente em carrinhos de mão; é descascada, cortada em palitos ,como se faz no Brasil, e embalada em sacos plásticos.

A aquitetura

Uma característica interessante é que em Porto-Príncipe não existem prédios. Com exeção de alguns poucos, situados em bairros mais afastados do centro vemos apenas casas. Muita em estilo francês, dada a incluência da colonização. Algumas delas construções belíssimas que merecem um olhar mais demorado. Por outro lado, quando nos dirigimos para bairros como Bel-Air, deparamos com casebres, vilas e barracos; muitos deles de apenas um quarto onde residem famílias inteiras. Em outras o espaço é dividido com máquinas de costuras. É possível encontrar também muitas barracas em frente às casas onde são vendidos doces, comidas e toda sorte de coisas.

Os “pregões”

Na Capital também podemos encontrar, ou na maioria das vezes ouvir, vendedores anunciando seus produtos que vão desde papel higiênico, bacias, galinhas, peixes e outras tantas coisas que ainda não consegui identificar. Apesar de no Brasil ainda encontrarmos esta atividades, aqui tudo lembra muito os antigos pregões em épocas de República; cestos na cabeça e lá vão eles pregando seus produtos.

Passarinho solto… apanha!

Em um post anterior falava da influência francesa sobre o modo de vestir dos haitianos e da dicotomia que é em um país de clima tropical os homens utilizarem calças e roupas sociais todo o tempo. Dentro deste contexto um fato interessante é que a Polícia Nacional do Haiti, mas conhecida como PNH, coibe fortemente, com violência em muitos casos, os homens que estão sem cuecas. Segundo um haitiano esta proibiçãom não tenho certeza se formal, ocorre pelo fato de a não utilização da cueca configurar falta de higiêne e de este ser um hábito muito presente entre os “vagabundos”. Porém, no que se refere à higiene temos aí um paradigma, pois a consciência de higiêne dos haitianos é ainda muito precária.


FONTE:http://flaviosaudade.wordpress.com/2009/04/09/algumas-curiosidades/ Acessado em 2/02/2010

Recadinho do colega Ozai da revista Urutagua

comunicamos que a edição nº 20 da Revista Urutágua, jan./fev./mar./
abril de 2010, foi publicada e está disponível em:
http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/Urutagua/issue/current/showToc

Solicitamos, por favor, que contribua com a divulgação deste projeto
aos seus amigos, colegas e listas que participe.

Permanecemos abertos à sua crítica, sugestões e contribuições.

Muito obrigado.

Abraços e tudo de bom,

____________________
Antonio Ozaí da Silva